4/13/2005

À Margem Ambiental LVIII

Pedem-me para fazer um comentário sobre o novo secretário de Estado das Florestas, Rui Gonçalves e aqui vai ele:

Conheço-o bem, desde os tempos em que esteve no Instituto de Meteorologia (ou mesmo antes, acho eu...), e embora não tenha gostado muito do seu desempenho como secretário de Estado do Ambiente (entre 1999 e 2001), foi sim um excelente chefe de gabinete de Sócrates quando este foi secretário de Estado entre 1995 e 1998. A ele Sócrates deveu a sua formação e tarimba na área ambiental. Sei que entre Sócrates e Rui Gonçalves houve depois uns desentendimentos quando o primeiro foi ministro e o segundo secretário de Estado - razão pela qual Sócrates passou a preferir Pedro Silva Pereira -, mas uma reaproximação recente fez com que seja com naturalidade que lhe foi concedido um cargo de secretário de Estado (ou seja, foi uma indicação expressa de Sócrates).

O facto do cargo ser o de secretário de Estado das Florestas, acho óptimo; é um cargo político com uma componente técnica muito importante e, apesar dele não ser deste sector, penso que o Rui Gonçalves terá a sensibilidade necessária para introduzir um conceito (e uma prática) de sustentabilidade à nossa floresta, que não passe apenas pela produção. Em qualquer dos casos, a favor dele e do Ministro da Agricultura já há a contabilizar a questão da Herdade da Vargem Fresca.

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