8/10/2004

Farpas Verdes CXV

O concelho da Amadora é um dos que possui maior densidade urbana e , por isso mesmo, foi o único município da Grande Lisboa (com a capital) que apresentou na última década um saldo migratório negativo. Compreende-se: com tamanha massificação e falta de qualidade de vida, quem pode, vai embora.

Eis que chega o momento da revisão do PDM. E quais são as linhas estratégicas da autarquia? Segundo o Público, o presidente da autarquia, Joaquim Raposo, diz que «ao contrário do que se passa normalmente nestas revisões, que só servem para que se permita construção em áreas em que anteriormente não era permitido, isso não se vai passar na Amadora». Pudera, quase já não há espaço.

Depois faz a apologia da construção de arranha-céus, com o argumento de que «a ideia é sim construir edifícios mais altos para que seja possível libertar terreno e utilizá-lo para a construção de infra-estruturas necessárias, como jardins e parques de estacionamento". Não devo estar a compreender isto: então se tenho um terreno sem construção, tenho que construir para libertar terreno para jardins e parques de estacionamento?

Sem comentários: