A entrar na segunda semana de Agosto, o país não anda a arder. A prova de fogo, de que falava há umas semanas, está a ser ultrapassada com sucesso. No entanto, convém destacar dois aspectos essenciais para este sucesso e nem se refere à questão meteorológica.
Por um lado, as ignições estão anormalmente baixas. Raros têm sido os dias com mais de 100 ignições, mesmo em dias de algum calor, o que pode induzir a que se conclua estarem os portugueses, felizmente, a portarem-se bem, não cometendo actividades de risco. De facto, em anos anteriores, era quase incontornável que, em dias como os da última semana, tivessemos mais de 200 ou até mais de 300 ignições - embora, algumas fictícias.
Por outro, perante o reduzido número de ignições, o excessivo número de meios aéreos conseguem atenuar as deficiências do combate - que não muda de um ano para o outro - e a má gestão dos espaços florestais. Com efeito, ainda hoje, num incêndio em Oleiro - extinto em poucas horas - estiveram em acção 12-doze-12 meios aéreos (sete helicópteros e cinco aviões). Uma coisa inusitada, bastante onerosa e que poderá, aliás, ter um perigo subjacente. Tanto aptetrecho não é possível de usar se houver mais ignições e constitui um «convite» aquela pequena franja de pirómanos que gostam de ver as aeronaves a laborar. E, de facto, olhar 12-doze-12 aviões e helicópteros a deitar água num fogo deve ser um espectáculo lindo de se ver... mas não é a solução para proteger a floresta.
Por um lado, as ignições estão anormalmente baixas. Raros têm sido os dias com mais de 100 ignições, mesmo em dias de algum calor, o que pode induzir a que se conclua estarem os portugueses, felizmente, a portarem-se bem, não cometendo actividades de risco. De facto, em anos anteriores, era quase incontornável que, em dias como os da última semana, tivessemos mais de 200 ou até mais de 300 ignições - embora, algumas fictícias.
Por outro, perante o reduzido número de ignições, o excessivo número de meios aéreos conseguem atenuar as deficiências do combate - que não muda de um ano para o outro - e a má gestão dos espaços florestais. Com efeito, ainda hoje, num incêndio em Oleiro - extinto em poucas horas - estiveram em acção 12-doze-12 meios aéreos (sete helicópteros e cinco aviões). Uma coisa inusitada, bastante onerosa e que poderá, aliás, ter um perigo subjacente. Tanto aptetrecho não é possível de usar se houver mais ignições e constitui um «convite» aquela pequena franja de pirómanos que gostam de ver as aeronaves a laborar. E, de facto, olhar 12-doze-12 aviões e helicópteros a deitar água num fogo deve ser um espectáculo lindo de se ver... mas não é a solução para proteger a floresta.
3 comentários:
Concordo com a análise do Pedro Vieira de Almeida. As mentalidades dos bombeiros e respectivos comandantes, o ordenamento florestal são o próximo passo, agora que há mais coordenação no uso dos meios de combate aos incêndios.
O ordenamento florestal e do País em geral seria a soluçao com melhores resultados, mas como todos sabemos a pequena area e a dispersao de propriedades torna esse ordenamento quase impossivel, ou pelo menos será muito demorado, levará gerações se se começar a trabalhar para isso... mas nem é isso k se vê, e continuam a cometer os mesmos erros de sempre, depois das áreas ardidas voltasse a plantar monoculturas de pinheiros e eucaliptos, sem sequer haver áreas que sirvam de corta fogo com espécies menos combustiveis!!!
Entretanto pelo menos conseguiram maior numero de avioes e helicopteros, do mal o menos, que pelo menos se consiga que a área ardida diminua.
ok que se critique a falta de políticas claras quanto à gestão florestal.
Agora criticar a utilização "excessiva" de meios aéreos porque pode excitar pirómanos, valha deus. Não se pode por uma vez admitir que dadas as circunstâncias, atacar os fogos com os meios mais eficazes para impedir o seu alastramento é uma estratégia inteligente e que tem dado os seus frutos?
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