Cinco mil hectares de área ardida até finais de Julho. Motivos para confraternizar? É, de facto, um valor muito, muito baixo, mas talvez ainda seja um pouco cedo: afinal, mais uma vez o São Pedro tem sido bondoso num Verão, com temperaturas amenas e chuva que vai caindo sem deixar que, até agora, decorressem duas semanas contínuas sem precipitação.
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6 comentários:
Esperemos que não aparece ninguém a agradecer ás alterações climáticas.
Caro PAV,
É certamente de contenção o momento. Os 5000 hectares ardidos até ao momento são um número muito positivo, e mesmo que até Setembro dupliquem para 10 mil continua a ser um número aceitável embora não perfeito. Sabemos todos muito bem que isto se deve sobretudo ao estado do tempo, porque estando mais fresco as acções negligentes e as intencionais têm menos sucesso. Sabemos também, e o relatório da DGRF comprova-o, que ao nível do combate continuam a fazer asneiras, o que se percebe muito, muito bem quando se vê que os grandes incêndios (os tais acima de 100ha) levam mais de 50% da área total ardida. Isso demonstra que quando dá para arder, arde mesmo. Fraca eficácia do combate, portanto, com homens que ficam encostados aos muros das casas à espera do fogo... mas esperemos com confiança e optimismo. O que não mudar pelo combate talvez vá mudando cada vez mais pelo lado da prevenção.
Esta mais que provado que as condições climatéricas são o maior factor para a existência incêndios, e se não fosse isso ardia muito, basta para ver que tudo esta na mesma, os Bombeiros somente são o ultimo elo na cadeia, basta ver o que foi limpo e mantido para prevenir os incêndios, este ano nem o IEP mandou limpar as bermas da estradas por falta de verbas, e os proprietários florestais nem foram ver as suas plantações.
Se não arde e ninguém limpa, as coisas tem a tendência a piorar nos próximos anos, se alguém não tomar mediado concretas e contínuas.
Portugal não é melhor nem pior, este ano a tragédia dos incêndios foi para a Europa do Norte e do Leste, milhares de hectares ardidos, dezenas de mortes, centenas de casas ardidas etc. São países que são bem conceituados a nível da protecção civil e na protecção da florestas, mas quando os factores climatéricos se conjugam com factores humanos, fazem que toda a estrutura de socorro seja unificas perante o trabalho pretendido.
Sim, em 1º lugar agradeça-se ao São Pedro. Mas há mudanças no sistema de combate. Na 1ª intervenção: os meios aéreos actuam de imediato em qualquer ocorrência e o trabalho com ferramenta manual vai-se tornando mais comum. Quando o fogo escapa à 1ª intervenção: as novas equipas GAUF (Grupos de Análise e Uso do Fogo) da DGRF que têm limitado bastante os estragos (como no incêndio de Nisa)
huum... interpretações contrárias à realidade. O facto de metade da área ardida ser causada por 3 ou 4 fogos mostra exactamente o oposto, ou seja, q o combate é eficiente. Interpretar isto ao contrário mostra a expectativa errada das pessoas: que os incêndios extremos são combativeis, aqui ou em qq parte do mundo. Não são! Até se costuma dizer que 1% dos fogos originam 99% da área ardida. Claro que o bombeiral continua inepto como sempre, mas a conjugação de muitos meios de combate com meteorologia favorável resulta nesta eficácia aparente.
Em primeiro lugar quero elogiar o autor desse Blog pelo excelente Blog.
Não existe incêndios porque o clima não é favorável para que eles existam, bastava uma onda de calor, como tem acontecidos nos últimos anos, ria-mos ter problemas graves, como os outros países tiveram.
Em relação as equipas recentemente criadas GAUF, onde no terreno orientam o fogo controlado ou mais conhecido por contra fogo.
Essa técnica e conhecida por a grande parte dos Bombeiros a nível nacional a várias décadas, e a nível técnico essa técnica não sofreu qualquer inovação na sua execução.
Porque é que os Bombeiros Portugueses deixaram de a praticar, se tem o conhecimento da técnica?
Pois, porque a lei Portuguesa não defendia quem a executasse, porque quando alguns proprietários pediram indemnizações aos Bombeiros pelas as áreas florestais ardidas na execução do fogo controlado, levou que essa técnica fosse posta de parte em parte.
Porque uma coisa era a área florestal consumida pela progressão normal do incêndio, outra era a área florestal consumida pela a prática do fogo controlado, um acto facilmente identificável e fácil de obter prova, e se responsabilizar quem o fez, pelos os danos perdidos, o que a lei actual defende quem executa como é sabido.
Em 2003 um dos maiores incêndios que lavravam em Portugal, foi extinto pela utilizando a técnica do fogo controlado pelos os Bombeiros, mas quem o fez, alertou a sua divisão dos problemas legais em relação dos problemas legais anteriormente referidos, isolou-se a área de civis e se fez a técnica com 100% de eficácia, mesmo para isso se tenha perdido varias dezenas de hectares de áreas florestais rentáveis, mas protegeu-se talvez milhares de hectares, mesmo assim vim a saber que alguns proprietários tentaram investigar para tirar algum proveito das suas perdas.
Existe mais…
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