Em quase duas semanas sem escrita, muita coisa se tem passado. Apenas uns breves apontamentos:
1 - A acção do Verde Eufémia acabou por ter efeitos contraproducentes para os opositores dos transgénicos. Não pelos métodos - que acarretam riscos, mas não comungo que seja ecoterrorismo, porque a Greenpeace, por exemplo, tem acções muito mais «violentas» e com efeitos relevantes - pela forma encenada como se realizou, mais ainda porque quis apoiar-se em demasia na comunicação social, saindo-lhes o tiro pela culatra. Além disso, como era um grupo maioritariamente de jovens, perdeu algum élan. Por outro lado, o modo cordato como foram tratados pela GNR - muito diferente da célebre acção de arranque de eucaliptos em Valpaços em 1989, em que houve uma carga policial violentíssima - também não os ajudou.
2 - Este Verão não poderia ser mais favorável para não existirem incêndios florestais. Conseguiu-se um período mais ameno do que o de 2006, pois praticamente não passa mais de uma semana sem haver chuva. Mesmo assim alguns incêndios no Alentejo mostram que esta região continua numa tendência bastante grave.
3 - Como em outros anos, um pequeno incêndio na Grande Lisboa vale mais do que um incêndio devastador no interior do país. Na semana passada, em Sintra, que queimou cerca de 200 hectares, teve honras de ter a presença de um governante. Folclore...
4 - Os recentes e calamitosos incêndios na Grécia são um sério aviso para Portugal, se é que precisávamos. Desde 2001, a área ardida naquele país não ultrapassava os 15 mil hectares por ano, em certa medida fruto de algumas medidas de reformulação no combate. Mas em circunstâncias particularmente gravosas do ponto de vista meteorológico, tudo arde se a gestão não for cuidada. Mas garanto que se tivéssemos incêndios em Portugal com ventos de 70 quilómetros por hora, o cenário seria idêntico - ou até pior.
5 - Fui fazer uma reportagem a Tróia para a NS, que sairá no próximo sábado. Um novo Algarve vai nascer no litoral de Grândola,não apenas por via dos projectos da Sonae, mas sobretudo por tudo o que está a ser projectado e a ser iniciado. Mais baixo, é certo, mas não muito diferente em termos de densidade de betão.
1 - A acção do Verde Eufémia acabou por ter efeitos contraproducentes para os opositores dos transgénicos. Não pelos métodos - que acarretam riscos, mas não comungo que seja ecoterrorismo, porque a Greenpeace, por exemplo, tem acções muito mais «violentas» e com efeitos relevantes - pela forma encenada como se realizou, mais ainda porque quis apoiar-se em demasia na comunicação social, saindo-lhes o tiro pela culatra. Além disso, como era um grupo maioritariamente de jovens, perdeu algum élan. Por outro lado, o modo cordato como foram tratados pela GNR - muito diferente da célebre acção de arranque de eucaliptos em Valpaços em 1989, em que houve uma carga policial violentíssima - também não os ajudou.
2 - Este Verão não poderia ser mais favorável para não existirem incêndios florestais. Conseguiu-se um período mais ameno do que o de 2006, pois praticamente não passa mais de uma semana sem haver chuva. Mesmo assim alguns incêndios no Alentejo mostram que esta região continua numa tendência bastante grave.
3 - Como em outros anos, um pequeno incêndio na Grande Lisboa vale mais do que um incêndio devastador no interior do país. Na semana passada, em Sintra, que queimou cerca de 200 hectares, teve honras de ter a presença de um governante. Folclore...
4 - Os recentes e calamitosos incêndios na Grécia são um sério aviso para Portugal, se é que precisávamos. Desde 2001, a área ardida naquele país não ultrapassava os 15 mil hectares por ano, em certa medida fruto de algumas medidas de reformulação no combate. Mas em circunstâncias particularmente gravosas do ponto de vista meteorológico, tudo arde se a gestão não for cuidada. Mas garanto que se tivéssemos incêndios em Portugal com ventos de 70 quilómetros por hora, o cenário seria idêntico - ou até pior.
5 - Fui fazer uma reportagem a Tróia para a NS, que sairá no próximo sábado. Um novo Algarve vai nascer no litoral de Grândola,não apenas por via dos projectos da Sonae, mas sobretudo por tudo o que está a ser projectado e a ser iniciado. Mais baixo, é certo, mas não muito diferente em termos de densidade de betão.
3 comentários:
É assim, amigo, tocaste em vários pontos essenciais. O ano de 2007 beneficiou do acordo que o governo fez com S.Pedro e isto por causa dos helicopteros russos só poderem voar em 2008. Não sei se para o ano S.Pedro quer renovar o contrato e por isso o governo que se cuide.
Alguém sabe onde anda o PROT-Alentejo? calmamente...para que o nova Algarve em Grãndola seja um facto consumado!
«Nem se destacava muito a palavra urbanização; a requalificação foi a (única) palavra de ordem.»
É exactamente assim como escreveu; este um tempo em que impera o «newspeak», de Orwell
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