10/30/2007

A lata não tem limites

Nesta notícia conta-se que José Sócrates, durante a cerimónia de assinatura da parceria internacional sobre o mercado de emissões de carbono, José Sócrates pediu desculpa pela «imodéstia», antes de apresentar país como exemplo a seguir em termos de energias.

E isto porque «colocámos a fasquia em 45 por cento do consumo de electricidade, a partir de energias renováveis, já em 2010», e também porque «em 2005, Portugal foi o pais da UE que mais cresceu na capacidade de produção de energia eólica» e ainda porque « em 2006, tivemos o segundo maior crescimento» e, para finalizar, porque «em 2007 e 2008, temos esperança de nos manter na liderança ao nível da utilização do vento como fonte de energia».

Ora, nem me apetece estar aqui a desmontar este discurso. Já muitos posts escrevi sobre o facto de o crescimento da energia eólica não estar sequer a «tapar» o crescimento dos consumos totais de electricidade. Já também aqui referi que a electricidade representa apenas 1/5 da energia consumida em Portugal e que a energia eólica atinge menos de 2%.

Mas acho que é preciso ter lata para fazer um discurso «imodesto» em que apresenta o caso português como um modelo para a Europa. As imagens que apresento em baixo (que mostram a evolução de Portugal nas emissões de CO2 desde 1990 - base 100) falam bem por si.

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