O ministro Augusto Santos Silva tinha obrigação de saber umas coisas de política. Devia saber que quase 4 milhões de portugueses nem sequer eram nascidos aquando da Revolução dos Cravos, pelo que devem tanto aos «históricos do PS» pela liberdade como todos nós, e as gerações anteriores, a D. Afonso Hernriques ou, digamos assim para abreviar, à padeira da Aljubarrota.
Além disso, alegar como fez Augusto Santos Silva que quem lutou contra a ditadura tem uma postura ética diferente dos demais - presumo que daqueles que não eram nascidos ou que tinham tenra idade em 1974 - é, convenhamos, atitude pouco democrática.
Aquilo que, porém, ficámos a saber é que Augusto Santos Silva, e acredito muitos militantes do PS, pensa mesmo que temos todos uma dívida com os «históricos do PS». E tanta é a dívida que eles pensam que nós temos que nos vimos obrigados a ouvir os seus dislates. E, pior do que isso, as suas atitudes muito pouco democráticas.
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