Uma das razões para a criação da Reserva Ecológica Nacional, em 1983, foi travar a eucaliptização que ameaçava inundar tudo o que era zonas agrícolas ou áreas sensíveis. Mesmo assim, muito se plantou. E, nos últimos anos, muito ardeu.
Porém, os tempos são diferentes agora, com um Governo que se abre ao mais leve pedido dos empresários que acenem com milhões de investimento. Hoje, Queiroz Pereira, presidente da Portucel, na colocação da primeira pedra de uma nova unidade de papel, prometeu ao primeiro-ministro José Sócrates que faria uma segunda fábrica. Com uma pequena condição: basta que «os eucaliptos possam ser plantados em zonas de melhor rendimento». Ou seja, em zonas agrícolas, de vale, de bons solos de Reserva Agrícola ou Ecológica Nacionais (REN e RAN). A eucaliptização vem aí em força.
Isto vai acabar mal: ou porque arderão esses povoamentos ou então, depois da «safra» de uns quantos anos, ficam os solos depauperados e os accionistas da Portucel com boa disposição. Tenham medo, tenham muito medo.
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