4/21/2007

Investimentos a que custos?

Que investimentos, como os do IKEA em Paços de Ferreira, são importantes para o país, não merecem discussão - embora convenha relativizar a euforia do Governo, pois estamos a falar de investimento estrangeiro, pelo que a maioria das mais-valias não ficam em Portugal. Porém, já merece discussão - e crítica - e postura deste Governo quando autoriza um parque industrial ao arrepio dos instrumentos de ordenamento do território e do ambiente. A questão essencial não é - e não parece que seja essa a postura da Quercus - de uma qualquer oposição contra investimentos, mas sim saber se o Governo de Portugal terá capacidade de captar investimentos sem se comportar como um país do Terceiro Mundo - ou seja, sem arranjar expedientes de excepção para agradar aos empresários. É que, se assim for, abrem-se precedentes graves. Por um lado, o poder do dinheiro acaba por criar a sua própria lei; por outro, apenas começam a surgir investimentos em Portugal que não são aceites noutros países.

2 comentários:

Cláudio disse...

Em suma... se insistirmos em receber amendoins... tornamo-nos macacos.

Anónimo disse...

Acho bem que a Quercus, ou qualquer outra entidade/pessoa ponha uma acção contra o governo se acha que foi feita qualquer "investimento" ao "arrepio dos instrumentos de ordenamento do território e do ambiente".

Fico solenemente irritado quando é feito um ANÚNCIO de uma acção FUTURA no dia em que é lançada A 1ª pedra.
Às vezes gostaria que houvessem coincidências...