10/14/2007

Um prémio merecido

A atribuição do Prémio Nobel da Paz a Al Gore e ao IPCC mereceu reacções díspares. Algumas negativas, mesmo dos meios ambientalistas - como foi o caso do Partido Ecologista Os Verdes (mas, esses, nem sequer os deveria considerar integrados nos ditos «meios ambientslistas»). Todas essas críticas apontam algumas incoerências em Al Gore e mesmo erros no «Uma Verdade Inconveniente».

Ora, é certo que terá pesado, neste prémio, factores políticos; é certo que Al Gore poderia ter feito mais (pode-se sempre, não é?) em prol do ambiente durante o consulado de Bill Clinton; é certo que Al Gore usou a sua imagem mediática para conseguir aquilo que muitos já tinham estado a fazer.

Mas todas essas críticas fogem ao essencial: a Paz no Mundo, como 
confirma o Comité Nobel, não depende apenas de se lutar contra as guerras, mas sim de também, e sobretudo, de não lutar contra a Terra. Ou melhor, de lutar em prol da Terra. E Al Gore, com a sua atitude missionária (que, diga-se, não é recente e vem mesmo do período anterior à sua vice-presidência dos Estados Unidos) concentrou em seu redor um tema ambiental da maior importância para o futuro do Mundo. Só por isso, esse prémio é merecido.

2 comentários:

Anónimo disse...

Realmente um homem que fez parte da administração Clinton e concordou bombardear a ex-Jugoslávia merece um Nobel da Paz..
Já agora dêem um Nobel da Paz ao Hitler a título póstumo.
quanto ao ambiente é fachada para aparecer na tv e nos cinemas..Mais do mesmo..
Quem anda de jacto em cimeiras mundiais não se deve preocupar muito com o ambiente,,

Reinaldo Baptista disse...

Se realmente Al Gore se preocupasse com o ambiente, teria cedido o direito a todas televisões do Mundo passarem gratuitamente o documentário “ Uma verdade Inconveniente”, era uma forma de passar a sua mensagem ambientalista ao maior número de pessoas.
Al Gore, cobra centenas de milhares de euros por uma simples conferencia sobre o ambiente, e normalmente quem paga são quem polui mais, como a associação empresarial portuguesa que pagou centenas de milhares de euros a Al Gore por uma conferencia, para ouvir o que as associações ambientalistas nacionais e internacionais a décadas vem alertado.
Al Gore não merecia o prémio, para ele o ambiente somente é uma forma de fazer fortuna.