12/18/2007

A montanha pariu um rato

O abaixo-assinado contras as supostas normas da Autoridade Nacional de Segurança Alimentar e Económica (que já contava com 9 mil assinaturas) parece que é um disparate. Está aqui a confirmação. É por essa e por outras que abaixo-assinados via Internet só assino quando sei quem são os promotores (e reconheço a sua seriedade) tenho mesmo a certeza absoluta do que está em causa.

3 comentários:

Zé Bonito disse...

Não se percebe onde esteja o "disparate". Aliás, basta ler a entrevista dada ao Público pela responsável pelo sector da segurança alimentar da UE, para concluirmos que há uma forma "muito portuguesa" de interpretar as normas.

Pedro Almeida Vieira disse...

A forma muito portuguesa de ver as leis é a de magicar o que fazer para a contornar ou para que não seja aplicada. Não conheço o contexto dessa entrevista de que me fala. Eu não defendo tudo o que a ASAE faz (fiz, por exemplo, mas talvez aprove a sua inflexibilidade porque apanhou um sector em que cada um fazia o que queria. E apenas lamento que, em muitos outros sectores, como no ambiente, não se faça o mesmo.

Zé Bonito disse...

"Público", 17 de Dezembro. Entrevista a Catherine Geslain Lanéelle, directora da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).

Pergunta: Em Portugal, começam a levantar-se vozes contra o que parece ser uma obsessão higiénica em matéria de segurança alimentar por parte da autoridade alimentar nacional. Esse fenómeno também ocorre em outros países?

Resposta: A questão que coloca prende-se mais com as formas de controlo alimentar que se desenvolveram nos diversos países, ou seja, com a gestão do risco, que não se inscreve nas minhas competências(...)".

Ninguém põe em causa as medidas que protejam a saúde dos cidadãos. Põe-se em causa o exagero e medidas que beneficiem determinados ramos de negócio. De facto somos peritos em contornar as leis, mas também há quem goste de mostrar bons serviços aos mais fortes. É isto que se critica (veja lá se o sobrolho franzido da Sonae não bastou para acabar com as ideias sobre os sacos de plástico).