11/16/2005

Farpas Verdes CDXXIX

O Governo fez aquilo que deveria ter, há muitos anos, feito com o Metro do Porto: retirar o poder de decisão aos autarcas. Embora esta seja uma obra essencial para a região do Porto, desde o início que torci o nariz, logo que a empresa Metro do Porto, ainda as obras do metropolitano ainda não se tinham iniciado, estavam já a suportar os custos da ponte do Infante, mesmo sabendo-se que o estudo de impacte ambiente desaconselhava essa nova travessia exactamente por ir competir com os transportes públicos.

Depois, foram os projectos de expansão - como os do Estádio do Dragão ou a linha para Gondomar - que tinham como único fito a especulação imobiliária (ou seja, servir zonas urbanizáveis e não zonas urbanas consolidadas, para propiciar mais-valias urbanísticas). E claro, as derrapagens habituais: 119%. E também a corrida aos «tachos» dos autarcas, sobre os quais escrevi em meados de 2001 no semanário Expresso.

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