6/08/2007

A melhor decisão ambiental em Lisboa nos últimos anos

Durante anos a fio, em plena cidade de Lisboa, uma fornalha queimou lixos hospitalares,mais precisamente no Hospital Júlio de Matos, ao pé da Avenida do Brasil. Não estava sozinha: ao longo do país existiam cerca de 40 que nos «tratavam» da saúde, lançando para o ar perigos poluentes, como as dioxinas. Era a suprema ironia: hospitais a causarem doenças.

Entretanto, todas foram encerrando, à medida que soluções tecnológicas e a reciclagem de lixos hospitalares foram sendo, felizmente, adoptadas. Mas restou a fornalha do Júlio de Matos, que os SUCH insistiam em manter, apesar de todos os perigos. E que perigos! De facto, apesar de tanta polémica em torno das centrais de incineração de lixos perigosos ou urbanos e da co-incineração, certo é que esta fornalha é, desde sempre, a principal fonte individual de dioxinas do país. A manutenção do seu funcionamento em plena cidade de Lisboa deveria ser um crime.

Finalmente, soube por aqui, o Governo decidiu encerrar definitivamente a fornalha do hospital Júlio de Matos, transferindo a queima para a Chamusca. A medida foi feita quase de forma envergonhada, como quem não quer admitir que peca por tardia. Mas é uma boa decisão. E isso merece aplauso.

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