6/16/2004

Farpas Verdes LXXXV

Pois é, lá voltamos ao estado «normal» do país. Uns dias de sol, de temperatura mais elevada e eis que surgem os incêndios. Para já a região mais atingida tem sido o Centro, sobretudo no distrito de Aveiro que no ano passado foi poupada. A situação, na minha opinião, somente não está a ser pior porque, infelizmente, temos de nos lembrar que há cerca de 450 mil hectares que este ano não vão arder - foram dizimados em 2003.

Fui, entretanto, ver se na página da nova Direcção-Geral dos Recursos Florestais havia alguma novidade. Não há. Tirando uma carta de zonas de risco - um bom trabalho feito há anos, com algumas actualizações, pelo Departamento de Engenharia Florestal do Instituto Superior de Agronomia - e umas notas sobre o programa de vigilância móvel e do voluntariado para a floresta (coisas já sem grande novidade), parece que não está ou não está para acontecer nada.

Dei, no meio desta pesquisa, com uma nota de imprensa de 27 de Junho de 2003 - ou seja, há quase um ano -, que foi a primeira da mais fatídica época de incêndios do país. Lá se diz que :

«No âmbito da execução da política florestal, a actividade desenvolvida, na área dos Incêndios florestais, centra-se:

* na promoção, apoio e implementação de campanhas de sensibilização dirigidas;
* na organização, coordenação do sistema nacional de prevenção, detecção e vigilância(rede de postos de vigia e radiocomunicações);
* no estabelecimento de directivas e compatibilização de critérios de actuação das Brigadas do Corpo Nacional da Guarda Florestal (CNGF), na investigação das causas dos incêndios;
* na constante actualização da base de dados (nacional) e registo cartográfico das àreas ardidas.»


Ou seja, o discurso de sempre. Espero que este ano não tenhamos o resultado de sempre...

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