5/18/2004

Farpas Verdes LXXVIII (actualizado)

É o típico gato escondido com o rabo de fora. Uma moção de uma série de membros do PSD, não muito conhecidos para não levantar muitas ondas, propõe 30 medidas simbólicas, que constituem, segundo os subscritores, «uma estratégia de rosto humano». Relata o jornal público que os relatores desta moção dizem esta é «uma proposta de radical humildade, sem concessões de autoridade ou tiques de poder, nem bem assim de frivolidade mediática ou critica de ocasião».

Depois vai-se a ver e os ditos cujos dão uma de modernos ambientalistas: que se deve recorrer mais às energias limpas, conter os perímetros urbanos, promover o eco-turismo, elaborar um plano nacional de resíduos (que já existe) e de educação ambiental (que não existe, nem plano, nem acções). E depois surge a pérola: «Extinção de institutos ou serviços públicos sem orientação política actual, como o Instituto Português da Juventude e o Instituto de Conservação da Natureza».

Ou seja, são vagos em tudo, menos em acabar com o IPJ e o ICN. E depois dizem que a sua moção contém «invariavelmente, medidas com rosto, originadas ou destinadas às crianças, aos jovens aos adultos e aos idosos de todos os recantos do nosso país".

Nuno Freitas, ex-deputado e vereador da autaquia de Coimbra, diz que «isto (a moção) é uma coisa muito geracional». Acredito, mas deve ser da geração rasca.

P.S. Soube entretanto que entre os subscritores desta moção está a Helena Freitas, actual provedora do Ambiente de Coimbra e ex-presidente da LPN... nem quero acreditar que tenha assinado esta moção com inteiro conhecimento do seu teor).

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