7/07/2004

Farpas Vedrdes XCIV

O incêndio que está a ocorrer no Parque Natural da Arrábida mostra, infelizmente, uma das grandes desvantagens de se deixar construir vivendas em áreas protegidas. Como se sabe, existem orientaçôes para que durante um fogo florestal seja dada prioridade às habitações. Essa opção comporta sempre riscos: poupam-se casas, mas o incêndio afecta, indubitavelmente, mais área florestal e de matos.

Ora, numa área protegida, ainda mais na da serra da Arrábida, não há qualquer justificação social para que aquelas vivendas lá estejam. O Parque Natural autorizou-as - ou deixou-as construir sem licença por falta de fiscalização, o que vai dar ao mesmo -, sem ponderar no caso da ocorrência de um incêndio florestal. Ou seja, as proporções que este incêndios venha a tomar será também da responsabilidade do director do Parque Natural da Arrábida (que apesar do escândalo de há dois anos ainda se mantém no posto).

Se por vezes me custa ver incêndios tomarem dimensões catastróficas porque os bombeiros estão a tentar salvar casas mal localizadas ou que não limparam qualquer faixa de protecção, neste caso do incêndio da Arrábida ainda mais me irrita.

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