7/17/2004

À Margem Ambiental LXIV

Na próxima terça-feira, dia 20 de Julho, realiza-se o lançamento do meu romance «Nove Mil Passos», pelas 19 horas, no Reservatório da Mãe d'Águas das Amoreiras (junto ao Largo do Rato, em Lisboa). A apresentação será feita pelo escritor Artur Portela e pela directora do Museu da Água da EPAL, Margarida Ruas. Para todos aqueles que aqui me visitam aqui no blog, fica o convite para estarem presentes (até porque, no final, haverá beberete).


Apresentação do romance «Nove Mil Passos»

O Aqueduto das Águas Livres é, actualmente, por via dos seus quase 60 quilómetros de comprimento, o mais extenso Monumento Nacional do país e a primeira grande obra pública do país à data da sua construção na primeira metade do século XVII, durante o reinado de D. João V.

Apesar de ser um ex-libris de Lisboa, a história do Aqueduto das Águas Livres é (ainda) pouco conhecida. Nove Mil Passos – ou nove milhas terrestres, referência à extensão original do troço principal desde Belas até Lisboa – é um romance que retrata as peripécias e desentendimentos que ocorreram durante a fase da construção da obra e todo o enquadramento histórico da época joanina: as intrigas da Corte, a libertinagem e o fausto do rei, o nascimento da Maçonaria e o quotidiano surrealista de uma sociedade que vacilava entre as crendices e o terror à Igreja.

Narrado pelo espírito omnipresente e omnisciente de Francisco d’Ollanda – humanista do século XVI que em vida tentou, sem sucesso, suprir a carestia de água em Lisboa, tendo falecido no dia 20 de Julho de 1584 –, o romance relata, em tom apaixonado, intimista e humorístico, uma das mais intensas e interessantes épocas da História de Portugal, onde a ficção e a realidade histórica se (con)fundem. Um livro que desvenda a história de uma obra pública nacional que poderá, em breve, vir a candidatar-se a Património Natural da Humanidade, mesmo se, actualmente, está ameaçada pela conclusão da CRIL, que prevê a demolição parcial de um troço do aqueduto.



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