7/08/2004

Farpas Verdes XCV

Ainda a procissão vai no adro. O relatório hoje divulgado pela Diurecção Geral dos Recursos Florestais aponta para uma área ardida até ao dia 4 de Julho de 18 mil hectares,m cerca de 250 hectares superior ao período homólogo do «annus horribilis» de 2003. É certo que este valor pouco indica sobre o futuro a breve prazo, mas é sintomático que quando surge um período de calor mais intenso, o país começa a arder. O incêndio da semana passada em Tavira fez arder uma área de 5700 hectares, embora a esmagadora maioiria tenha sido matos.

E nem se diga que a culpa é dos incendiários. Aliás, aparantemente há uma tendência para uma redução no número de ocorrências. Este ano, para o período em causa, ainda não se atingiu os 6000 fogos e fogachos, quando no quinquénio anterior a cifra ascendia quase sempre aos 7000 fogos ou mais.

Em suma, nada mudou de forma significativa no país para que tenhamos um ano mais calmo. Se a área ardida for muito menor do que no ano passado - ou mesmo que nos anos anteriores - não se pense que se deve a quaisquer medidas estruturais (que foram inexistentes), mas somente aos «caprichos do São Pedro».

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