7/29/2004

Farpas Verdes CX

Há uns anos, a Comissão Europeia forneceu um apoio de 1,25 milhões de euros para a recuperação de um palacete na Lapa para a instalação da Casa do Ambiente e do Cidadão. Aquele espaço deveria ser o local, por excelência, para a promoção da participação pública e a sensibilização ambiental. Nunca o foi.

Mesmo quando existia o Instituto de Promoção Ambiental, ali pouco mais se realizava do que consultas dos estudos de impacte ambiental. Hoje, nem isso. Entretanto, aproveitou-se para aí colocar o Conselho Nacional da Água e o Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimentoi Sustentável. Mais tarde, ainda o Programa Finisterra. De Ambiente e de Cidadão, o edifício só tem agora a denominação. E arrisca-se agora a se tranformar em gabinete ministerial - pelo menos quatro governantes já andam ou andaram a cobiçar as instalações -, a menos que o receio da obrigatoriedade de devolução do apoio comunitário os faça recuar. Mas mesmo que essa ideia seja abandonada, ali temos, um investimento vazio no seu conteúdo e objectivos - o que é lamentável.


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