Um pequeno exercício de estatística
O país está relativamente calmo em relação ao fogos. Nota-se um sorriso de triunfo no Governo. No último relatório da Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) destaca o facto de «a área ardida é mesmo significativamente inferior a qualquer dos anos do período em referência» (até 15 de Julho). Festejos não são convenientes: a história dos últimos anos falam por si. Por exemplo, em 2003 até esse período de referência ardeu apenas 5% do total do ano. Ou seja, as coisas até estavam aparentemente a correr bem a meio de Julho (na verdade, na primeira quinzena de Agosto é que as coisas se complicaram, tendo ardido só nesse período mais de 300 mil hectares). Já em 1998, a «coisa» estava a correr aparentemente bem: até 13 de Julho ardera apenas menos de 4.500 hectares. Ou seja, cerca de 3% das contas finais do ano (e assumindo como válidos os 158 mil hectares que então o Governo indicou, já que o Instituto Superior de Agronomia apuraria mais tarde, através de imagens de satélite, que a área teria sido superior a 230 mil hectares). Se o presente ano tiver um comportamento estatitisticamente semelhante a 2003, arderá portanto cerca de 191 mil hectares.
Claro que a situação pode ser mais favorável e termos um ano de 2006 semelhante a 2004. OU seja, até 15 de Julho, tinha ardido 30% da área do ano. Se isso se verificasse no presente ano, então arderá 32 mil hectares. o quie seria excelente. No entanto, em 2004 choveu quase todo o mês de Agosto...
Ou seja, entre a chuva de Agosto de 2004 e a falta de chuva de Agosto de 2003: assim se decidirá o ano de 2006 em matéria de incêndios florestais.
Nota: Cada vez entendo menos as estatísticas da Direcção-Geral dos Recursos Florestais. O último relatório refere que em 2005 ardeu 338.262 hectares. No início do ano, o relatório final de 2005 referia 325.226 hectares. E este valor já era uma correcção dos números apontados anteriormente: cerca de 299 mil hectares. Afinal, em que é que ficamos?
O país está relativamente calmo em relação ao fogos. Nota-se um sorriso de triunfo no Governo. No último relatório da Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) destaca o facto de «a área ardida é mesmo significativamente inferior a qualquer dos anos do período em referência» (até 15 de Julho). Festejos não são convenientes: a história dos últimos anos falam por si. Por exemplo, em 2003 até esse período de referência ardeu apenas 5% do total do ano. Ou seja, as coisas até estavam aparentemente a correr bem a meio de Julho (na verdade, na primeira quinzena de Agosto é que as coisas se complicaram, tendo ardido só nesse período mais de 300 mil hectares). Já em 1998, a «coisa» estava a correr aparentemente bem: até 13 de Julho ardera apenas menos de 4.500 hectares. Ou seja, cerca de 3% das contas finais do ano (e assumindo como válidos os 158 mil hectares que então o Governo indicou, já que o Instituto Superior de Agronomia apuraria mais tarde, através de imagens de satélite, que a área teria sido superior a 230 mil hectares). Se o presente ano tiver um comportamento estatitisticamente semelhante a 2003, arderá portanto cerca de 191 mil hectares.
Claro que a situação pode ser mais favorável e termos um ano de 2006 semelhante a 2004. OU seja, até 15 de Julho, tinha ardido 30% da área do ano. Se isso se verificasse no presente ano, então arderá 32 mil hectares. o quie seria excelente. No entanto, em 2004 choveu quase todo o mês de Agosto...
Ou seja, entre a chuva de Agosto de 2004 e a falta de chuva de Agosto de 2003: assim se decidirá o ano de 2006 em matéria de incêndios florestais.
Nota: Cada vez entendo menos as estatísticas da Direcção-Geral dos Recursos Florestais. O último relatório refere que em 2005 ardeu 338.262 hectares. No início do ano, o relatório final de 2005 referia 325.226 hectares. E este valor já era uma correcção dos números apontados anteriormente: cerca de 299 mil hectares. Afinal, em que é que ficamos?
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