11/23/2006

Sempre a construir

A partir de umas análises que ando a fazer, o gráfico aqui em cima, mostra a evolução do número de alojamentos (fogos) em Portugal desde 1838 até 2001, com uma periodicidade de 20 anos. Não consegui (ainda) colocar em maior tamanho (espero que seja visível), mas para se ter um termo de comparação, diga-se que a população portuguesa quase triplicou durante este período (passou de 3,56 milhões para 10,36 milhões), enquanto os alojamentos mais que quintuplicaram (5,6 vezes).

Torna-se também notório que os últimos 20 anos foram os do «boom» da construção, curiosamente o período em que alegadamente havia sensibilidade para as questões do ordenamento do território...

A nível regional, alguns distritos apresentam uma evolução ainda maior (por exemplo, o Algarve aumentou mais de oito vezes o número de alojamentos em 163 anos; a população apenas triplicou) , mas isso fica para «segundas núpcias»...

3 comentários:

Anónimo disse...

Você comete um erro matemático grosseiro! De facto, a população triplicou, mas o número de FAMÍLIAS foi multiplicado por 15, imagine!!!(porque, a família média em 1838 tinha 10 pessoas e hoje tem 2,4).
Ou seja, a oferta de fogos por família é hoje apenas UM TERÇO da que era em 1838!
Isto é apenas matemática, peço desculpa.

Pedro Almeida Vieira disse...

Caro Carlos Lacerda,

Eu quando acuso alguém de cometer «um erro matemático grosseiro», tenho muito cuidado, porque não se vá dar o caso de eu é que estar a cometer um erro grosseiro - e nesse caso, torna-se duplamente grosseiro. Ora, não faço a mínima ideia de onde foi buscar o valor de 10 pessoas por família em 1838. Os Censos do INE (pesquise, que está online) apontam para esse período para valores que rondam as 4 pessoas por família. Donde, a partir daqui as suas contas (que já eram confusas), deixam de fazer qualquer sentido. Portanto, para a próxima tenha mais cuidado nas críticas. Mas continue a criticar; esteja à vontade...

Anónimo disse...

Depois da tempestade vem a bonança.Ou pelo menos assim o era. Se houve um Boom, o normal seria um abrandamento na produção de habitações. Parecem fábrica de produção em massa para uma comunidade incógnita. Em frente ao meu local de trabalho está a ser feita (mais) uma aberração imensa que, eventualmente, será para espaços profissionais. Em frente á mesma estão 3 magníficos prédios caídos ao abandono. Nem vou dar seguimento á conversa… Um bom entendedor saberá, seguramente, onde quero chegar!