2/24/2007

Uma risota pegada

Continuam os disparates na Costa da Caparica, com os custos a disparar e a própria comunicação social a participar na coisa.

Hoje, a notícia do Diário de Notícias é um must. Começa por revelar que «(...) o trabalho do Instituto da Água feito desde o dia 20, altura em que o mar engoliu seis metros do paredão, de nada serviu, uma vez que 'a maioria do tapamento dos rombos feito terça e quarta-feira ficou danificada com a maré" da última madrugada'», como admitiu um técnico daquela entidade. Portanto, andou a fazer-se que se fazia.

Mais adiante, surge as declarações do vereador da protecção civil da autarquia de Almada a dizer os seus bitates: «explicou ao DN que serão usadas 'mais 200 toneladas de pedra além da que lá existe actualmente'». Ora, o homem não deve saber o que é uma tonelada de pedra, pois não estou a acreditar que um pouco menos de 200 pedregulhos (supondo que cada um tenha a forma de um cubo de um metro de lado) sirva para alguma coisa.

Mas, no meio disto, achei especial piada a este trecho da notícia: «'Neste momento, o nosso objectivo é construir um entroncamento de maior dimensão, dado que a maré cheia desta madrugada destruiu praticamente todo o trabalho que estava a ser feito na defesa aderente desde terça-feira', explicou ao DN João Costa, director do serviço de projectos e obras do Instituto da Água». Ora, como conheço a fonte e não me parece que ele tenha dito ENTRONCAMENTO... talvez, sei lá, terá dito qualquer coisa como ENROCAMENTO (é nisto que dá não se apostar num jornalismo cuidadoso).

Por fim, neste cortar de casaca, gostava de realçar a insistência com que se fala agora de «defesa aderente», quando se aborda a protecção da linha de costa. Na notícia do DN, esta expressão é usada por duas vezes e tenho-a ouvido muitas mais. Ora, como a «defesa aderente» tem estado sempre a a tornar-se inaderente, parece-me encontrar paralelismos com o «fogo circunscrito» muito comum no dicionário de «bombeirês».

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