Na carta rogatória da polícia inglesa não constam, como suspeitos, os responsáveis do Ministério do Ambiente que tinham a tutela directa sobre a avaliação ambiental e a ZPE do estuário do Tejo - ou seja, Rui Gonçalves (então secretário de Estado do Ambiente, que assinou a declaração de impacte ambiental) e Carlos Guerra (então presidente do Instituto de Conservação da Natureza, que teve de fazer um parecer vinculativo, por via da área estar inserida na Rede Natura). Isto significa assim que é indiferente para as autoridades britânicas se o outlet foi aprovado de forma legal ou ilegal. O que interessa é saber se houve corrupção. Qualquer que seja ele: para acto lícito (tendo sido aprovado legalmente) ou ilícito (tendo sido aprovado ilegalmente).
Ora, como o próprio Rui Gonçalves já declarou que era ele, por delegação, que tinha a incumbência de despachar a avaliação de impacte ambiental, significa então que se apenas José Sócrates consta na lista é por razões objectivas, e não por mera hipóteses de ser um presumido suspeito. Aliás, como se tem visto pelas notícias dos últimos dias. O espaço de manobra de Sócrates, já começa a ser cada vez mais limitado. A democracia é uma chatice...
2 comentários:
"é indiferente para as autoridades britânicas se o outlet foi aprovado de forma legal ou ilegal. O que interessa é saber se houve corrupção"
Mas que atitude tão estranha esta dos ingleses... O que lhes interessa é o que verdadeiramente é relevante?!
Algumas perguntas?
Qual era a constituição da comissão que emitiu um parecer técnico negativo sobre o 2º EIA?
Qual era a constituição da comissão que emitiu um parecer técnico positivo ao 3º EIA?
Quem a nomeou?
Qual a ligação da CCRLVT a este caso?
O Ministro do Ambiente que sucedeu a Sócrates foi Isaltino Morais. Tendo sido estranho o seu silêncio, assim como a cumplicidade entre os dois, a começar pela Câmara Municipal de Oeiras onde o PS suporta a sua governação.
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