9/19/2005

Farpas Verdes CCXCVI

As associações ambientalistas insistem em promover iniciativas que, se em teoria seriam producentes, na prática são contraproducentes. Estou a referir-me às manifestações e, em especial, à que for organizada contra o programa da TVI «Primeira Companhia» no Parque Natural de Sintra-Cascais pelo Movimento Cívico que integra as associações Olho Vivo e Quercus, o Grupo Ecológico de Cascais e a Liga para a Protecção da Natureza.

Segundo o Diário de Notícias estariam ontem entre 15 e 20 manifestantes. Portanto, muito poucos, direi eu. Ridiculamente poucos, dirá a esmagadora maioria dos portugueses.

Claro está que os ambientalistas defenderão que este é um sinal do desinteresse cívico dos portugueses (por exemplo, jamais em Portugal teriamos uma manifestação como a que se fez em Espanha por causa do Prestige). E isso é verdade. Mas as associações portuguesas, por isso mesmo, devem ponderar com cautela as formas de «luta». Não dar passos maiores do que conseguem. Enquanto os ambientalistas nacionais não tiverem a capacidade de mobilização das suas congéneres estrangeiras ou dos sindicatos deviam prescindir destas iniciativas que, sendo mediáticas, se podem virar contra elas. E, aliás, cada vez mais sou a favor que mais importante do que as manifestações como forma de pressão, são as diligências junto dos tribunais. Por exemplo, através das providências cautelares...

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