10/21/2005

Farpas Verdes CDXV

Em 2003 e 2004, o Algarve viu dizimado pelas chamas cerca de 30% do seu território (portanto, uma área percentual mais elevada da sua área florestal). Este ano, como seria de esperar, teria de arder muitíssimo menos. E, de facto, assim foi: ardeu apenas 1.816 hectares.

Ora, segundo notícia do Público de hoje, as autoridades algarvias estão eufóricas com os resultados obtidos este ano. O governador civil de Faro diz mesmo que «um dos factores do sucesso registado este ano tem a ver com a existência, pela primeira vez, de um comando único que articulou as 17 corporações algarvias», destacando também que se deveu à «existência de mais um helicóptero em permanência , sedeado durante a época de fogos em Cachopo, Tavira, que se juntou aos de Monchique e Loulé.».

Enfim, eu já espero tudo. Se porventura no ano X tiver ardido toda a floresta portuguesa, é certo e sabido que no ano X+1 venham os responsáveis político congratular-se de que não ardeu nada, porque se tornaram, de repenete, eficientes no combate aos incêndios...

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