10/25/2005

Farpas Verdes CDXVII

Eu, ambientalista convicto me confesso: este fim-de-semana estive a fazer «limpeza de papéis» em minha casa. Tenho ali uns bons quilos de papel para fazer sair. Pois bem, amanhã os colocarei no contentor geral do lixo*.

Este acto, pouco abonatório, confesso, tem uma jsutificação. Desde 20 de Maio do ano passado, contactei os serviços da autarquia para que colocassem no bairro de Santa Catarina, em Lisboa, um ecopontos, visto que o mais próximo fica a cerca de 400 metros de distância (em ruas íngremes). Da autarquia responderam-me, por e-mail, que estava em estudo um sistema de recolha porta-a-porta para esta zona. Para breve, adiantaram. Pedi para me indicarem um prazo. Ainda não o tinham, alegaram. Pedi que, enquanto estudavam e analisavam, que metessem um ecoponto; logo o retirariam depois de implantar o sistema porta-a-porta. Responderam que os camiões da recolha não cabiam nas ruas. Achei demais, porque há quatro ruas de acesso ao bairro (duas de entrada e duas de saída) que têm largura mais que suficiente.

Portanto, eu que vivo nesta zona há cerca de 10 anos, que andei a acarretar latas, garrafas e papel para a autarquia reciclar, cansei-me de me sacrificar por alguém (autarquia) que não se sacrifica. E isso mesmo disse à autarquia de Lisboa. Sei que valeu de nada; mas foi a melhor forma de protestar, enquanto aguardo pela mudança de mentalidades na referida autarquia.... embora com pouca esperança.


* - Na verdade, apenas existe um contentor para uma rua inteira; que claro, está sempre cheio, de modo que, pela noite, está a esquina da dita rua inundada de sacos e saquetas até à chegada do camião.

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