And Now For Something Completely Different
Estou indeciso se terá sido a luz do alarme ou a falta de atenção dos potenciais larápios que terá evitado um roubo ao meu carro, estacionado ao longo de quase duas semanas no mesmo sítio, ali para os lados da Rua D. Luís I, em Lisboa. Plena cidade, portanto. De facto, um observador mais atento constataria que um caracol em cima do espelho retrovisor do lado do condutor, além de algo surrealista em plena urbe, indiciava que o dono (ou seja, eu...) não se deslocava ali há já algum tempo. E assim era porque fui «obrigado» a pedir a um amigo para dar uma descarga de bateria para o pôr a trabalhar.
O caracol, porém, manteve-se impávido e sereno. E ainda mais quando arranquei em direcção a Sete Rios. Para os lados da Avenida 24 de Julho olho para o espelho retrovisor e lembro-me do meu amigo gastrópode. Nesta altura, já deveria estar bem acordado, porquanto o vi ainda no topo do retrovisor, antenas ao alto. A velocidade deveria estar a provocar-lhe alguma turbulência e vejo-o a deslizar, talvez em pânico, pelo espelho. O tempo que demorei a percorrer a Avenida de Ceuta, levou o caracol a atravessar o espelho de alto a baixo. E já em frente ao Jardim Zoológico reparei que ele continuava lenta mas decididamente a descida, desta vez notoriamente para intentar uma evidente fuga pela carroçaria abaixo.
Parei junto a uma rua junto à Estrada da Luz, meu destino final. O meu amigo continuava grudado e determinado na sua travessia. Então, peguei nele e coloquei-o... bem em cima de umas apetitosas folhas de um arbusto. Aquele, estava escrito nos Céus, era também o seu destino.
Estou indeciso se terá sido a luz do alarme ou a falta de atenção dos potenciais larápios que terá evitado um roubo ao meu carro, estacionado ao longo de quase duas semanas no mesmo sítio, ali para os lados da Rua D. Luís I, em Lisboa. Plena cidade, portanto. De facto, um observador mais atento constataria que um caracol em cima do espelho retrovisor do lado do condutor, além de algo surrealista em plena urbe, indiciava que o dono (ou seja, eu...) não se deslocava ali há já algum tempo. E assim era porque fui «obrigado» a pedir a um amigo para dar uma descarga de bateria para o pôr a trabalhar.
O caracol, porém, manteve-se impávido e sereno. E ainda mais quando arranquei em direcção a Sete Rios. Para os lados da Avenida 24 de Julho olho para o espelho retrovisor e lembro-me do meu amigo gastrópode. Nesta altura, já deveria estar bem acordado, porquanto o vi ainda no topo do retrovisor, antenas ao alto. A velocidade deveria estar a provocar-lhe alguma turbulência e vejo-o a deslizar, talvez em pânico, pelo espelho. O tempo que demorei a percorrer a Avenida de Ceuta, levou o caracol a atravessar o espelho de alto a baixo. E já em frente ao Jardim Zoológico reparei que ele continuava lenta mas decididamente a descida, desta vez notoriamente para intentar uma evidente fuga pela carroçaria abaixo.
Parei junto a uma rua junto à Estrada da Luz, meu destino final. O meu amigo continuava grudado e determinado na sua travessia. Então, peguei nele e coloquei-o... bem em cima de umas apetitosas folhas de um arbusto. Aquele, estava escrito nos Céus, era também o seu destino.
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