1/21/2005

Farpas Verdes CXL

Interessantíssimo o estudo divulgado hoje no Público da autoria do Ministério da Segurança Social (que estará disponível hoje aqui) sobre a tipificação das situações de exclusão em Portugal, com um conjunto bastante interessante de indicadores que comprovam o terrível estado de desequilíbrio económico e social do país. Este sim, deveria ser o aspecto essencial a discutir nas eleições legislativas. Espero também que este estudo não tenha o destino habitual: arquivo.

P.S. Um senão no artigo do Público, que não sei se foi reproduzido a partir do estudo (na altura em que estou a escrever o documento integral do Ministério da Segurança Social ainda não se encontra online). Um dos textos do jornal apresenta alguns valores médios de indicadores e, no fim, refere o seguinte: «As médias foram calculadas somando os valores das médias concelhias e dividindo pelo número de concelhos». A ser assim, erro crasso: uma média deste género tem de ser sempre ponderada em função da população do concelho. Por exemplo, imagine-se que um concelho de 100 mil habitantes tem 5% de analfabetos e um de 10 mil tem 10% de analfabetos. A média conforme diz o Público daria 7,5%, quando na realidade é de 5,45%. Neste caso, espero bem que o erro seja do jornalista, caso contrário retiro o que acima escrevi sobre a qualidade do estudo.

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