4/12/2005

Farpas Verdes CCVII

A estratégia já é conhecida: primeiro tenta-se minimizar, esperando que as coisas por si só se endireitem; quando se vê que não há milagres, então passa-se à fase da exacerbação. Estou a referir-me à seca. O comportamento do Instituto da Água é um paradigma deste comportamento a que me refiro. Andou primeiro meses a fio a dizer que não havia drama (não choveu quase nada em Novembro, Dezembro e Janeiro) - o que, de facto, configurava algo dramático; depois acordou com as «calças na mão» e achou agora conveniente arranjar uma seca de carácter excepcionalíssimo, com um período de retorno de 300 anos!!!! Ou seja, acordou tarde e agora tenta fazer crer que a culpa é só do São Pedro.

Vou tentar investigar este assunto (com o tempo que me é possível), mas embora estejamos, de facto, com uma grande seca, não me parece que seja assim tão insólita. Nada insólito é sim que quando chove pouco num ano em Portugal é sempre um ai Jesus!

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