Lisboa tornou-se uma cidade de pessoas sozinhas e, pior, solitárias. Com uma população envelhecida, uma cultura cosmopolita e com a Igreja a perder influências nas relações interpessoais, a capital portuguesa apresenta assim um elevado número de potenciais famílias unipessoais: em 2001 tinha 30 mil divorciados ou separados e 52 mil viúvos, dos quais 85% são mulheres. Grande parte desta franja populacional não tem assim outra hipótese que não seja viver sozinha, o que se torna particularmente grave no caso da população idosa.
De facto, os Censos 2001 apontavam para a existência de mais de um em cada 10 alfacinhas (12,6%) a viverem sozinhos, um índice que era o dobro da média nacional. No entanto, em 17 freguesias, essa taxa era superior a 20% (uma em cada cinco). Em termos globais, apenas duas freguesias lisboetas – Marvila e Charneca – apresentavam uma taxa de pessoas a viverem sós que era inferior à média nacional.
Se a vida solitária pode ser também uma opção de vida – cerca de 11 mil jovens com menos de 30 anos viviam sozinhos em 2001 – ou conjuntural, sobretudo para os divorciados ou separados, já se torna num potencial problema social no caso da população idosa. Em Lisboa, viviam em 2001 quase 34 mil idosos solitários, dos quais 18 mil tinham mais de 75 anos. Ou seja, isto significava que um em cada quatro velhos não partilhava a casa com ninguém.
Nas zonas centrais de Lisboa esta situação chega a ser dramática. De acordo os últimos Censos, 15 freguesias tinham mais de um terço dos seus idosos sozinhos, chegando a ultrapassar os 40% nas freguesias de São Cristóvão e São Lourenço e do Sacramento. Note-se que a média nacional é de 19%.
Para fazer face a este cenário, nota-se que se mantêm graves deficiências ao nível de apoios e equipamentos sociais. Para os cerca de 133 mil idosos lisboetas, existiam no início da presente década apenas 73 centros de dia e 142 lares, com capacidade para apenas 5.027 e 4.535 pessoas, respectivamente. E, apesar do apoio das instituições de solidariedade social, acontecem já casos de idosos encontrados mortos nas suas casas vários dias depois.
De facto, os Censos 2001 apontavam para a existência de mais de um em cada 10 alfacinhas (12,6%) a viverem sozinhos, um índice que era o dobro da média nacional. No entanto, em 17 freguesias, essa taxa era superior a 20% (uma em cada cinco). Em termos globais, apenas duas freguesias lisboetas – Marvila e Charneca – apresentavam uma taxa de pessoas a viverem sós que era inferior à média nacional.
Se a vida solitária pode ser também uma opção de vida – cerca de 11 mil jovens com menos de 30 anos viviam sozinhos em 2001 – ou conjuntural, sobretudo para os divorciados ou separados, já se torna num potencial problema social no caso da população idosa. Em Lisboa, viviam em 2001 quase 34 mil idosos solitários, dos quais 18 mil tinham mais de 75 anos. Ou seja, isto significava que um em cada quatro velhos não partilhava a casa com ninguém.
Nas zonas centrais de Lisboa esta situação chega a ser dramática. De acordo os últimos Censos, 15 freguesias tinham mais de um terço dos seus idosos sozinhos, chegando a ultrapassar os 40% nas freguesias de São Cristóvão e São Lourenço e do Sacramento. Note-se que a média nacional é de 19%.
Para fazer face a este cenário, nota-se que se mantêm graves deficiências ao nível de apoios e equipamentos sociais. Para os cerca de 133 mil idosos lisboetas, existiam no início da presente década apenas 73 centros de dia e 142 lares, com capacidade para apenas 5.027 e 4.535 pessoas, respectivamente. E, apesar do apoio das instituições de solidariedade social, acontecem já casos de idosos encontrados mortos nas suas casas vários dias depois.
Sem comentários:
Enviar um comentário