2/01/2009

Choque tecnológico

Com tantos e-mails em torno da eventual corrupção no caso Freeport, só há uma certeza: o Magalhães está inocente.

2 comentários:

Carlos Medina Ribeiro disse...

Eu sei que não se deve fazer humor com os nomes das pessoas; não é bonito, porque ninguém tem culpa do que lhe deram.
Mas, por vezes, há coincidências que, mesmo contra a nossa vontade fazem - pelo menos - sorrir.
É o caso desta peça do DN de hoje (em "Nacional"):


«Apesar das buscas realizadas à Câmara de Alcochete, e intercepções telefónicas, por suspeita de crimes de corrupção passiva e participação em negócios, nem o presidente nem os assessores foram ouvidos pela Judiciária.

O ex-presidente da Câmara de Alcochete, José Dias Inocêncio, e a sua assessora para o urbanismo, Honorina Silvestre, nunca foram ouvidos pela Polícia Judiciária (PJ). Isto embora, a 9 de Fevereiro de 2005, tivessem sido realizadas buscas na autarquia e, dois dias antes, autorizadas escutas telefónicas por suspeita de estarem envolvidos em crimes de corrupção e de participação económica em negócio relacionado com o Freeport.
(...)»
_________

Eu não sei se este artigo faz parte da tal "campanha negra". Mas o certo é que um dos autores se chama... Negrão...

indiana disse...

Estão a esquecer-se do tal José Manuel Marques, biólogo especialista em peixes, ex-técnico da Reserva Natural do Estuário do Tejo RNET (até 1997), ex Vice-Presidente do ICN em acumulação com o cargo de director do Parque Natural de Sintra-Cascais (1998-2000).
Foi desses cargos, em Maio de 2000, exonerado por Sócrates, por várias "irregularidades" cometidas no processo do empreendimento do Abano em Cascais.
Ex-assessor/consultor para o ambiente no município de Alcochete, em acumulação com o lugar técnico na RNET (durante o mandato anterior).
Era Vice-presidente do ICN, na altura em que se estavam a definir os sítios da Rede Natura (ZPE incluídas), processos que acompanhou de perto.
Permanece como técnico, actualmente na RNET e acompanhou/integrou os trabalhos da recente elaboração do Plano de Ordenamento, daquela Reserva.
Mais, tem/teve negócios privados com peixes e também associado a projectos de urbanização.
Apesar de ter afirmado que "O projecto nunca me passou pelas mãos" e ainda adiantado que "só depois do Estudo de Impacte Ambiental do Ministério do Ambiente é que o processo passou para a Câmara de Alcochete", foi pela mão deste Zé em 1999 era então Vice-Presidente do ICN, dada pré-aprovação da intenção de construção do empreendimento, «a implementação do projecto (...) não constitui uma incompatibilidade face aos objectivos da conservação da natureza (e da avifauna em particular) e ao quadro normativo e legal que sobre a zona incide».
O próprio facto de ter participado, como técnico da RNET, nos trabalhos para a futura Travessia do Tejo (Ponte Vasco da Gama) da Lusoponte, S.A., onde houve o compromisso de implementação de recomendações expressas no Estudo de Impacte Ambiental, designadamente a criação da famigerada Fundação das Salinas do Samouco, ter-lhe-á permitido conhecer Manuel Carlos Abrantes Pedro Nunes, o sócio português de Charles Smith na empresa Smith e Pedro. Que viria a ser nomeado, em 2000, para assessor principal da Equipa da Missão para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco.
Por sinal, Manuel Pedro tem uma empresa de peixes a SEA – Sociedade Europeia de Aquacultura, S. A., a especialidade de José Manuel Marques.

As aparências iludem, mas caramba tanta coincidência.