1/29/2004

Farpas Verdes XIII

Nunca fui especial admirador do estilo de José Sócrates como ministro do Ambiente e, antes disso, como secretário de Estado. Julgo que cometeu muitos erros (sobretudo na questão do tratamento dos resíduos industriais e na definição do Programa Polis). Julgo que, em muitos outros casos, as suas decisões decorreram mais de circunstancialismos do que de uma orientação política em prol da defesa do ambiente.

Mas, numa coisa há que se tecer elogios; talvez os únicos de forma rasgada. Nem mesmo Ribeiro Telles e Carlos Pimenta - de longe os melhores responsáveis da área do ambiente que o país teve - conseguiram atingir, dentro de um Governo, o peso político que Sócrates imprimiu no Ministério do Ambiente. Esse capital político dentro do Governo foi agora completamente esvaziado. Primeiro por Isaltino de Morais e mais ainda por Amílcar Theias. De facto, é com pena que concordo com o que o actual ministro do Ambiente quando disse na segunda-feira durante a Presidência Aberta que o ambiente é agora o parente pobre do Governo. E ele conseguiu depauperá-lo mais ainda.

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