2/17/2005

Farpas Verdes CLXX

Carmona Rodrigues, presidente da autarquia de Lisboa disse ao Público, a respeito da decisão de Jorge Moreira da Silva em arquivar o estudo de impacte ambiental do túnel do Marquês, o seguinte: «Se o Supremo Tribunal determinou que não havia razões para se fazer o processo de Avaliação de Impacte Ambiental, acredito que a função pública, se calhar, tem mais que fazer que estar a fazer coisas que são inconsequentes».

Além de ser necessário frisar que este caso não está fechado em termos judiciais, convinha perguntar se Carmona Rodrigues teria a coragem de dizer aos seus estudantes de engenharia do ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa, de onde é(foi) professor, que avaliar os impactes de um túnel daquelas dimensões, com as repercussões no tráfego de uma cidade, são coisas «inconsequentes». A política, de facto, altera uma pessoa.E não é para melhor...

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