Conhecia Carmona Rodrigues razoavelmente bem antes dele ter assumido cargos políticos. E recordo-me particularmente de uma entrevista que lhe fiz umas semanas após Santana Lopes ter vencido em finais de 2001 as eleições autárquicas e de o ter indicado como vice-presidente da câmara de Lisboa. A entrevista não era de cariz político, mas sobre recursos hídricos - Carmona Rodrigues era então presidente da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos -, mas houve um pormenor que me fez pensar que o poder talvez não lhe fosse subir à cabeça: a meio da conversa, tivemos de fazer uma interrupção para ele - que já fora indicado como futuro vice-presidente da autarquia - ir meter mais moedas no parquímetro da EMEL.
Depois desta conversa, ao longo de todos estes anos, apenas me cruzei com ele uma ou duas vezes, sempre de forma muito fugaz. Desse modo, o meu acompanhamento do seu meteórico percurso político foi feito mais pelas suas acções do que de outra forma. E assim, como munícipe de Lisboa, não posso deixar de manifestar a minha frustração ao ver o seu «modus operandi» em variados assuntos. Já nem falo do túnel do Marquês - que «herdou» do seu «pai político» -, mas sim das suas posturas em várias opções urbanísticas para a cidade e sobretudo da forma como não tem travado a especulação urbanística e as «trapaças» de alguns projectos - como foi o caso do empreendimento na Infante Santo -, optando pela via do «show off» e da vitimização.
Agora que está na ordem do dia o «caso EPUL», Carmona Rodrigues deu-se aos golpes de teatro. Em vez de procurar esclarecer os meandros desta empresa municipal - em vez de ser um remédio dos males urbanísticos da cidade se transformou num autêntico cancro -, tudo tem feito (pelo menos assim parece) para desviar um assunto que é claramente um caso de polícia para a esfera politiqueira. O que fez ontem - abandonar uma reunião extraordinária da autarquia que ouvia o presidente da EPUL (aqui relatado no Diário de Notícias) - é uma vergonha. Terá Carmona Rodrigues aprendido pela pior cartilha política?
Depois desta conversa, ao longo de todos estes anos, apenas me cruzei com ele uma ou duas vezes, sempre de forma muito fugaz. Desse modo, o meu acompanhamento do seu meteórico percurso político foi feito mais pelas suas acções do que de outra forma. E assim, como munícipe de Lisboa, não posso deixar de manifestar a minha frustração ao ver o seu «modus operandi» em variados assuntos. Já nem falo do túnel do Marquês - que «herdou» do seu «pai político» -, mas sim das suas posturas em várias opções urbanísticas para a cidade e sobretudo da forma como não tem travado a especulação urbanística e as «trapaças» de alguns projectos - como foi o caso do empreendimento na Infante Santo -, optando pela via do «show off» e da vitimização.
Agora que está na ordem do dia o «caso EPUL», Carmona Rodrigues deu-se aos golpes de teatro. Em vez de procurar esclarecer os meandros desta empresa municipal - em vez de ser um remédio dos males urbanísticos da cidade se transformou num autêntico cancro -, tudo tem feito (pelo menos assim parece) para desviar um assunto que é claramente um caso de polícia para a esfera politiqueira. O que fez ontem - abandonar uma reunião extraordinária da autarquia que ouvia o presidente da EPUL (aqui relatado no Diário de Notícias) - é uma vergonha. Terá Carmona Rodrigues aprendido pela pior cartilha política?
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