Avaliação - dia II
De forma nada surpreendente, o segundo dia de temperaturas elevadas e baixa humidade relativa foi pior do que o primeiro. Neste momento (00h15), ainda «sobreviveram», à passagem da meia-noite, 10 incêndios, dos quais sete não circunscritos (e os circunscritos,logo se verá se serão apagados tão depressa).
Existe aqui alguns dados preocupantes. O primeiro é a existência de três incêndios que avançam para a sua segunda noite (um em Torre de Moncorvo - que se encontra há horas como circunscrito e até já foi dadod por extinto -, outro em Arcos de Valdevez - que julgo que também já esteve considerado extinto - e o grande incêndio de Aguiar de Sousa, em Paredes, o maior de todos, que já chegou a ter mais de 500 bombeiros). Fui também verificando vários casos de reacendimentos, o que não sendo pouco habitual, apenas mostra que os rescaldos continuam a ser mal feitos - ou então contam-se vitórias antes do tempo.
Até agora as regiões mais massacradas têm sido as do Norte litoral (Porto, Braga e Viana do Castelo), embora um incêndio na Sertã tenha durado quase 24 horas com bastante estrago. Julgo que os incêndios em anos anteriores terão «ajudado». Os distritos de Coimbra e Viseu também têm registado alguns incêndios, mas até agora houve a sorte de nenhum deles ter «encontrado» áreas contínuas muito extensas.
Com as previsões para este domingo a apontar para uma situaçãometeorológica semelhante ao dos dois dias anteriores, prevejo aquilo que parece incontornável: incêndios. Afinal, apenas se está a confirmar que,em Portugal, o «sistema» é eficaz quando chove; medianamente eficaz quando as temperaturas baixas e ineficaz quando as temperaturas são elevadas. O problema é que no Verão as temperaturas costumam ser elevadas.
Nota 1 - Oiço o comandante distrital do Porto dizer na TSF que está esperançoso em circunscrever o fogo de Paredes durante a noite: «Pelo nosso trabalho, sim senhor», mas já se desculpa depois com a humidade e o vento.
Nota 2 - Toda a gente parece estar satisfeita por não arderem casas.
Nota 3 - Começa a ser uma irresponsabilidade a quantidade de acidentes rodoviários que envolvem bombeiros no combate aos incêndios.Um deles - em que um bombeiros caiu de um auto-tanque, presumindo-se que ia pendurado - é de uma irresponsabilidade intolerável. É também por este tipo de voluntarismo heróico que defendo a profissionalização dos bombeiros.
Nota 4 - Um técnico do Instituto de Meteorologia veio dizer que as temperaturas são normais para um Verão português. Que chatice para o Governo...
De forma nada surpreendente, o segundo dia de temperaturas elevadas e baixa humidade relativa foi pior do que o primeiro. Neste momento (00h15), ainda «sobreviveram», à passagem da meia-noite, 10 incêndios, dos quais sete não circunscritos (e os circunscritos,logo se verá se serão apagados tão depressa).
Existe aqui alguns dados preocupantes. O primeiro é a existência de três incêndios que avançam para a sua segunda noite (um em Torre de Moncorvo - que se encontra há horas como circunscrito e até já foi dadod por extinto -, outro em Arcos de Valdevez - que julgo que também já esteve considerado extinto - e o grande incêndio de Aguiar de Sousa, em Paredes, o maior de todos, que já chegou a ter mais de 500 bombeiros). Fui também verificando vários casos de reacendimentos, o que não sendo pouco habitual, apenas mostra que os rescaldos continuam a ser mal feitos - ou então contam-se vitórias antes do tempo.
Até agora as regiões mais massacradas têm sido as do Norte litoral (Porto, Braga e Viana do Castelo), embora um incêndio na Sertã tenha durado quase 24 horas com bastante estrago. Julgo que os incêndios em anos anteriores terão «ajudado». Os distritos de Coimbra e Viseu também têm registado alguns incêndios, mas até agora houve a sorte de nenhum deles ter «encontrado» áreas contínuas muito extensas.
Com as previsões para este domingo a apontar para uma situaçãometeorológica semelhante ao dos dois dias anteriores, prevejo aquilo que parece incontornável: incêndios. Afinal, apenas se está a confirmar que,em Portugal, o «sistema» é eficaz quando chove; medianamente eficaz quando as temperaturas baixas e ineficaz quando as temperaturas são elevadas. O problema é que no Verão as temperaturas costumam ser elevadas.
Nota 1 - Oiço o comandante distrital do Porto dizer na TSF que está esperançoso em circunscrever o fogo de Paredes durante a noite: «Pelo nosso trabalho, sim senhor», mas já se desculpa depois com a humidade e o vento.
Nota 2 - Toda a gente parece estar satisfeita por não arderem casas.
Nota 3 - Começa a ser uma irresponsabilidade a quantidade de acidentes rodoviários que envolvem bombeiros no combate aos incêndios.Um deles - em que um bombeiros caiu de um auto-tanque, presumindo-se que ia pendurado - é de uma irresponsabilidade intolerável. É também por este tipo de voluntarismo heróico que defendo a profissionalização dos bombeiros.
Nota 4 - Um técnico do Instituto de Meteorologia veio dizer que as temperaturas são normais para um Verão português. Que chatice para o Governo...
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