A desgraça dos galegos seria «boa» em Portugal
O Governo português irá, concerteza, «aproveitar-se» da «onda de incêndios» na vizinha Galiza para justificar a actual destruição em Portugal. Até irá, por certo, defender que nos estamos a portar melhor, dado que as notíciasque se vão transmitindo revelam a ocorrência de uma centena de incêndios activos, dos quais 60% não circunscritos.
Convém, porém, relativizar estes números. Para a situação «normal» da Galiza, está-se perante, de facto, casos anormais. Mas essa «anormalidade» não se compara à situação nacional. E por uma simples razão: o mais extenso fogo na Galiza, ocorrido no ano 2000 em Ourense, causou uma destruição de 2.850 hectares. Em Portugal, o maior incêndio devastou, em 2003, uma área contínua de 41 mil hectares.
Pelas notícias terão ardido, em toda a Galiza e durante os últimos dias, cerca de 5.000 hectares (os valores obviamente são muito provisórios). E por isso, numa região que, apesar de ter tido sempre muitos fogos, atingirem-se aqueles valores é sempre um motivo de alarme. Além disso, a existência de tantos fogos activos na Galiza também é enganador quando comparamos com Portugal. Embora na página do nosso SNBPC raramente tenha surgido mais de 20 incêndios activos por dia, é certo que esse número é muito superior durante o dia; apenas não surge elencado por durar menos de duas horas a ser extinto e/ou ter tido menos de coinco veículos a combater. Se no domingo tivemos, oficialmente, mais de 500 fogos, significa que, em algumas horas, terão estado activos mais de uma centena. Aliás, em muitos dias, só no distrito do Porto são contabilziados mais de uma centena de ignições! E ninguém parece ter ficado muito preocupado com isso, tanto assim que aquele distrito é o que menos investiga as causas dos fogpos (0,2% nos últimos cinco anos).
Em suma, quase tenho a certeza que, no final do ano, quando olharmos para a área ardida na Galiza e a compraramos com Norte Litoral de Portugal concluíremos que até gostaríamos de ter a «desgraça» dos galegos...
O Governo português irá, concerteza, «aproveitar-se» da «onda de incêndios» na vizinha Galiza para justificar a actual destruição em Portugal. Até irá, por certo, defender que nos estamos a portar melhor, dado que as notíciasque se vão transmitindo revelam a ocorrência de uma centena de incêndios activos, dos quais 60% não circunscritos.
Convém, porém, relativizar estes números. Para a situação «normal» da Galiza, está-se perante, de facto, casos anormais. Mas essa «anormalidade» não se compara à situação nacional. E por uma simples razão: o mais extenso fogo na Galiza, ocorrido no ano 2000 em Ourense, causou uma destruição de 2.850 hectares. Em Portugal, o maior incêndio devastou, em 2003, uma área contínua de 41 mil hectares.
Pelas notícias terão ardido, em toda a Galiza e durante os últimos dias, cerca de 5.000 hectares (os valores obviamente são muito provisórios). E por isso, numa região que, apesar de ter tido sempre muitos fogos, atingirem-se aqueles valores é sempre um motivo de alarme. Além disso, a existência de tantos fogos activos na Galiza também é enganador quando comparamos com Portugal. Embora na página do nosso SNBPC raramente tenha surgido mais de 20 incêndios activos por dia, é certo que esse número é muito superior durante o dia; apenas não surge elencado por durar menos de duas horas a ser extinto e/ou ter tido menos de coinco veículos a combater. Se no domingo tivemos, oficialmente, mais de 500 fogos, significa que, em algumas horas, terão estado activos mais de uma centena. Aliás, em muitos dias, só no distrito do Porto são contabilziados mais de uma centena de ignições! E ninguém parece ter ficado muito preocupado com isso, tanto assim que aquele distrito é o que menos investiga as causas dos fogpos (0,2% nos últimos cinco anos).
Em suma, quase tenho a certeza que, no final do ano, quando olharmos para a área ardida na Galiza e a compraramos com Norte Litoral de Portugal concluíremos que até gostaríamos de ter a «desgraça» dos galegos...
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