Olhar o fogo por cima
Este ano, o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção arranjou um sistema de informação (consultável aqui) que, aparentando ser inovador, parece não ser assim tão bom quanto isso. Ou então mostra que os bombeiros não dão bem conta do recado em muitos casos. De facto, online, pode-se consultar a situação dos incêndios e clicando no mapa dá para ver a localização da ignição inicial.
Ora, isto é de enorme utilidade para uma avaliação do risco de cada incêndio. Mas também para prever a periculosidade do dito. Em muitos casos, sobretudo nos incêndios no litoral, verifica-se que as ignições nunca podem ser muito destrutivas em área, porque as manchas de vegetação são pequenas. Ou seja, o fogo até pode ficar circunscrito ao fim de um par de horas, mas na verdade já o estava desde o início. E apaga-se, em muitos casos, porque ardeu o pouco que podia arder.
Por outro lado, parece-me haver, noutros casos, alguns erros de precisão na localização ou então um falhanço rotundo dos bombeiros. O incêndio que está a decorrer neste momento (22h45) no concelho de Vila Verde é paradigmático. Se clicarem aqui (convem fazer zoom, usando a escala à esquerda) verificarão que o local identificado da ignição está numa zona de casas bastante delimitado por estradas e que em redor não exsiste grande manchas de vegetação que possam ser consumidas. Quando olhei para esta localização por volta das 17h00 não imaginava que viesse a ser um fogo para tantas horas. Por isso, das duas uma: ou o fogo não começou naquela zona ou então os bombeiros foram ineficazes nas primeiras fases do combate...
8/02/2006
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