8/12/2006

O ministro que aprende e o «ajudante» que diz disparates

O ministro António Costa está a mostra que está no bom caminho: ontem veio prometer alterações ao Código Penal, no sentido de se responsabilizar actos negligentes com um grau equivalente ao de acto doloso, porque muitas negligências são criminosas, além de crtiticar o incumprimento das pessoas em limpar as áreas envolventes às suas casas (aliás, são as que mais choram...), de modo a evitar a destruição pelo fogo.

No entanto, o seu «ajudante», Ascenso Simões, veio mostrar a ignorância em todo o seu esplendor ao fazer eco de umas estapafúrdias críticas do presidente da autarquia de Porto de Mós. Segundo este secretário de Estado a culpa é das «teses fundamentalistas» do Instituto de Conservação da Natureza que não deixa fazer aceiros. O Ministério do Ambiente tem muitas culpas na gestão das áreas protegidas, mas o «ajudante» de António Costa deveria saber que se alguns fogos (mal combatidos) atravessam auto-estradas, IPs, ICs, rios e albufeiras não param em aceiros de menos de uma dezena de metros. O «ajudante» deveria ter sim colocado brigadas helitransportadas a atacar os fogos nascentes em zonas de risco como a Peneda-Gerês e Aire-Candeeiros. Talvez isso lhe tivesse evitado dizer disparates. E de certeza que isso evitaria estarmos a lamentar mais uma machadada nas (já degradadas) jóias da Coroa.

Sem comentários: