8/29/2006

Onde é que eu já vi isto?

O ministro da Agricultura foi hoje à Companhia de Lezírias apresentar uma nova estratégia da maior herdade pública de produção primária. Afinal, a única «inovação» que noto, pelas notícias, é a pretensão de «se criar uma Fundação com entidades privadas, mecenas, câmaras, banca e outras instituições da sociedade civil, com o objectivo de envolvê-las na preservação do cavalo Lusitano», de acordo com as palavras do ministro Jaime Silva, aproveitando a integração do Serviço Nacional Coudélico e da Coudelaria de Alter-do- Chão na Companhia das Lezírias.

Embora o actual Governo já tenha garantido que não pretende privatizar a Companhia das Lezírias - uma ideia obtusa do Governo de Durão Barroso -, esta ideia de se criar uma Fundação com entidades privada, mecenas, autarquias, bancas e quejando «cheira-me» a uma repetição do processo da Herdade da Vargem Fresca. Para quem não se recorda, a ideia inicial era implementar um projecto do agro-turismo de carácter pedagógico com uma empresa estrangeira e com a FLAD, constituindo-se a Prtucele. Entretanto entrou em jogo a banca, a Companhia das Lezírias vendeu os terrenos ao preço da uva mijona e tivemos depois um imbróglio de todo o tamanho com corte de sobreiros e outras tropelias conhecidas em torno de um projecto imobiliário. Não se admirem, portanto, se dentro de algum tempo esta «Fundação do Cavalo» galope rapidamente para um projecto imobiliário...

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