9/23/2006

Fiem-se na Virgem e depois queixem-se...

Alguns dos senhores que dão as suas sentenças aqui, já andam na política há muitos e longos anos, pelo que já deveriam ter aprendido que não convém festejar nestas coisas. Mas decidiram «decretar» que este ano foi extraordinário por terem ardido menos de 100 mil hectares. E que os incêndios acabaram. O presidente da República até já «vaticinou que será possível antecipar a previsão para 2018 de apenas 25 mil hectares anuais queimados», conforme noticia o Público.

Se acham que eles têm razão, vão ler então os jornais do Verão de 1996 e 1997 - os dois anos em que ardeu muito menos do que agora , e que sucederam a um (1995) que ardeu 170 mil hectares - ou os do Verão de 1999, em que ardeu 70 mil, quando no ano anterior tinha ardido mais de 230 mil hectares (nesse ano de 1998, o então Governo socialista manipulou tanto os números que oficialmente não se ultrapassou os 160 mil; convém referir que agora já não se consegue manipular com tamanha ordem de grandeza, mas que se manipula, ai isso sim). Repararão que as declarações de então são semelhantes: elogiava-se os novos métodos de prevenção e combate a incêndios e gitava-se hossanas à eficácia de todo o sistema. Os fogos tinham sido condenados à extinção. Depois, viu-se...

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