Até ao ano de 2004, inclusive, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais costumava divulgar um relatório semanal durante o Verão com o balanço dos incêndios. Por vezes, começava mais cedo do que noutros, mas quando o primeiro era feito seguiam-se, «religiosamente», com uma periodicidade semanal. Daí que em 2002 e 2003 tenhamos tido 13 relatórios; e em 2004 - porque a «época» se iniciou mais cedo - até houve 16 relatórios.
Chegado o actual Governo, tudo mudou. Os relatórios passaram a quinzenais. Por isso, no ano passado (2005) já só houve 11 relatórios.
Este ano, ainda se piorou. Já não há periodicidade alguma; faz-se quando se apetece e dá jeito. De facto, se o primeiro relatório saiu no dia 2 de Junho significaria que, numa periodicidade semanal, amanhã deveria sair o 17º relatório. Numa periodicidade quinzenal, então teríamos amanhão o 9º relatório.
Mas, contudo, até agora só saíram 7 relatórios, o último dos quais no dia 5 de Setembro. Isto seria um pequeno pormenor se este incompreensível aumento da periodicidade correspondesse um maior rigor na informação. Mas assim não acontece. Como já referi, o relatório de 5 de Setembro acaba por confessar que os fogos da primeira quinzena tinham sido hiper-inflacionados. E nesse relatório continuavam também a atribuir-se uma área queimada nos levantamentos da DGRF inferior aos levantamentos do satélite Modis. Ora, neste último método, a avaliação é mais rápida, mas peca sempre por defeito, porque apenas mede as áreas queimadas superiores a 50 hectares. Por norma, os incêndios só até aos 10 hectares correspondem a cerca de 15 mil hectares ardidos por ano.
Ou seja, não é admissível que o levantamento da DGRF possa apontar uma área inferior à do Modis. Por isso, se amanhã - ou quando lhes calhar -, a DGRF apresentar um valor inferior ao valor apontado pelo satélite Modis, não acreditem. Façam sim o favor de acrescentar mais uns 15 mil hectares ao valor Modis para terem uma ideia mais precisa daquilo que verdadeiramente ardeu este ano.
E já agora reparem se já constam pelo menos três incêndios importantes em Julho que estranhamente nunca apareceram na lista dos últimos relatórios, quer de Agosto quer de Setembro: um em Vale de Cambra, outro em Serpa (que queimou 700 hectares do Parque Natural do Vale do Guadiana) e outro ainda em Castro Verde.
Chegado o actual Governo, tudo mudou. Os relatórios passaram a quinzenais. Por isso, no ano passado (2005) já só houve 11 relatórios.
Este ano, ainda se piorou. Já não há periodicidade alguma; faz-se quando se apetece e dá jeito. De facto, se o primeiro relatório saiu no dia 2 de Junho significaria que, numa periodicidade semanal, amanhã deveria sair o 17º relatório. Numa periodicidade quinzenal, então teríamos amanhão o 9º relatório.
Mas, contudo, até agora só saíram 7 relatórios, o último dos quais no dia 5 de Setembro. Isto seria um pequeno pormenor se este incompreensível aumento da periodicidade correspondesse um maior rigor na informação. Mas assim não acontece. Como já referi, o relatório de 5 de Setembro acaba por confessar que os fogos da primeira quinzena tinham sido hiper-inflacionados. E nesse relatório continuavam também a atribuir-se uma área queimada nos levantamentos da DGRF inferior aos levantamentos do satélite Modis. Ora, neste último método, a avaliação é mais rápida, mas peca sempre por defeito, porque apenas mede as áreas queimadas superiores a 50 hectares. Por norma, os incêndios só até aos 10 hectares correspondem a cerca de 15 mil hectares ardidos por ano.
Ou seja, não é admissível que o levantamento da DGRF possa apontar uma área inferior à do Modis. Por isso, se amanhã - ou quando lhes calhar -, a DGRF apresentar um valor inferior ao valor apontado pelo satélite Modis, não acreditem. Façam sim o favor de acrescentar mais uns 15 mil hectares ao valor Modis para terem uma ideia mais precisa daquilo que verdadeiramente ardeu este ano.
E já agora reparem se já constam pelo menos três incêndios importantes em Julho que estranhamente nunca apareceram na lista dos últimos relatórios, quer de Agosto quer de Setembro: um em Vale de Cambra, outro em Serpa (que queimou 700 hectares do Parque Natural do Vale do Guadiana) e outro ainda em Castro Verde.
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