Uma exemplar reportagem
O Correio da Manhã publicou hoje uma excelente reportagem de quatro páginas sobre o incêndio do Parque Nacional da Peneda-Gerês, com várias abordagens muito interessantes. Para mim, a melhor reportagem do ano sobre esta matéria: lúcida, equilibrada, pertinente e independente. O jornalista Secundino Cunha está de parabéns. E o Correio da Manhã, claro, também.
Deixo aqui uma passagem que sintetiza bem dois problemas crónicos em Portugal: a impreparação no combate e a «menorização» que, por regra, as autoridades oficiais - e muitos biólogos - transmitem em relação ao impactes do fogo nas áreas protegidas, considerando que a regeneração natural tudo irá repor:
«Para o homem que liderou esta freguesia serrana ao longo de 24 anos, 'os comandos cometeram dois erros crassos: em primeiro lugar, depreciaram o incêndio antes de ter entrado no Parque e quando acordaram já era tarde demais; e, em segundo lugar, atiraram para o terreno bombeiros vindos de Lisboa, de Leiria e de outros lados que, naturalmente, não sabiam para onde se haviam de virar'. Numa frase, António Enes Domingues resumiu o que vai na alma deste povo: 'Os nossos olhos já não voltam a ver toda a beleza da serra'».
O Correio da Manhã publicou hoje uma excelente reportagem de quatro páginas sobre o incêndio do Parque Nacional da Peneda-Gerês, com várias abordagens muito interessantes. Para mim, a melhor reportagem do ano sobre esta matéria: lúcida, equilibrada, pertinente e independente. O jornalista Secundino Cunha está de parabéns. E o Correio da Manhã, claro, também.
Deixo aqui uma passagem que sintetiza bem dois problemas crónicos em Portugal: a impreparação no combate e a «menorização» que, por regra, as autoridades oficiais - e muitos biólogos - transmitem em relação ao impactes do fogo nas áreas protegidas, considerando que a regeneração natural tudo irá repor:
«Para o homem que liderou esta freguesia serrana ao longo de 24 anos, 'os comandos cometeram dois erros crassos: em primeiro lugar, depreciaram o incêndio antes de ter entrado no Parque e quando acordaram já era tarde demais; e, em segundo lugar, atiraram para o terreno bombeiros vindos de Lisboa, de Leiria e de outros lados que, naturalmente, não sabiam para onde se haviam de virar'. Numa frase, António Enes Domingues resumiu o que vai na alma deste povo: 'Os nossos olhos já não voltam a ver toda a beleza da serra'».
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