Farpas Verdes XXXVI
Alguns administradores das empresas multimunicipais de lixos - nomeados pelo Ministério do Ambiente e outros por autarquias, alguns dos quais sendo também autarcas - consideram normal que os resíduos dos ecopontos acabem nos aterros sanitários. O secretário de Estado desculpabiliza-os e, portanto, desresponsabiliza-os. Depois surge a Sociedade Ponto Verde a fazer "engenharia matémática" para apresentar taxas de reciclagem que não correspondem à realidade.
Colocar ecopontos, muitos deles longe das casas das pessoas, e depois acabar tudo nos aterros é sobretudo uma falta de respeito pelos cidadãos. E também é um desperdício de dinheiro. Esta gente não merece os cargos que ocupa. São irresponsáveis.
Apetece-me parafrasear Almada Negreiro, na última parte do seu Manifesto Anti-Dantas e por extenso: "Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a cegueira não é incurável - e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de assedado!"
P.S. Espero ter coragem de deixar de amontoar papéis, vidros e latas para ir depositar depois nos ecopontos. Eles não merecem.
2/22/2004
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